A Direcção do ACMP endereça a todos os sócios e familiares os melhores votos de um ano novo de 2016, pleno de projectos pessoais e profissionais.
A vida do nosso Auto-Club está um pouco envelhecida. Temos muitas Secções desportivas e culturais, na sua maioria em "crise", por falta de participação activa. Devemos fazer um esforço em angariarmos novos sócios, particularmente entre as camadas mais jovens de médicos, sob pena de não sobrevivermos. O nosso Club Médico está e continua aberto a todas as sugestões e iniciativas. Temos de realçar, como quase excepção, a nossa Galeria de Arte, coordenada pelo Dr. Pedro Migueis, grande entusiasta e artista plástico que nos últimos anos programa exposições e eventos artísticos, com uma calendarização anual, promovendo e divulgando novos artistas e obras de arte, quer entre médicos, familiares e amigos. Aqui fica o nosso grande agradecimento ao Pedro.Temos entre nós, também poetas e escritores e ensaístas. Temos de ajudar mais o nosso coordenador das Sessões de Poesia, o Dr. Rui Melancia. Poeta "tardio", como se descreve no seu primeiro livro de poemas, sob o pseudónimo de Manuel da Várzea, pois os seus deveres profissionais de médico ortopedista lhe consumiam o tempo.
A sociedade tem necessidade de poetas, pois estes reinventam a Palavra, criam, fazem viver as palavras, apontam para a nossa capacidade de sonhar coisas grandes e de as realizar.
Um pouco à semelhança da crise do nosso Auto-Club, embora haja uma "explosão" de gente que desata a escrever sobre tudo e nada, há também a crise da Palavra (não falando já do controverso novo acordo ortográfico que afastando a etimologia das palavras, empobrece mais a língua, a nosso pátria como diz Fernando Pessoa). Somos invadidos por palavras que não dizem nada e que se multiplicam e manipulam as nossas mentes. O uso de expressões: " o assunto e o não assunto", como um 1º Ministro usou, espelha este jogo e desacredita a Palavra. O nosso tempo atravessa uma grande noite da palavra: corre-se o risco de morremos afogados num mar de expressões ocas, siglas, estrangeirismos, tagarelices, de chats, de sms...
Temos necessidade de nos reconciliarmos e de reencontrar a palavra, na sua seriedade, conteúdo e responsabilidade: Aqui os poetas têm um papel importante a desempenhar.
A Direcção ACMP , apesar das dificuldades económicas, está a pensar e reformular a Edição da nossa Revista, por via electrónica, e pede aos sócios colaboração em textos, opiniões e notícias. Devem os sócios, com caracter de urgência, informar os seus endereços electrónicos para atingirmos os nossos desideratos.
Saudações clubísticas e culturais do
Presidente da Direcção
Júlio Pêgo
